31 outubro 2006

realejo




Realejo


(Danilo Souza / Fernando Anitelli)


Será que a sorte virá num realejo?
Trazendo o pão da manhã
A faca e o queijo
Ou talvez... um beijo teu
Que me empreste a alegria... que me faça juntar
Todo resto do dia... meu café, meu jantar
Meu mundo inteiro... que é tão fácil de enxergar... E chegar

Nenhum medo que possa enfrentar
Nem segredo que possa contar
Enquanto e tão cedo
Tão cedo

Enquanto for... um berço meu
Enquanto for... um terço meu
Serás vida... bem vinda
Serás viva... bem viva
Em mim

Será que a noite vira num vilarejo vejo a ponte que levara o que desejo
admiro o que há de lindo e o que há de ser... você

Enquanto for... um berço meu
Enquanto for... um terço meu
Serás vida... bem vinda
Serás viva... bem viva
Em mim

"Os opostos se distraem
Os dispostos se atraem"


30 outubro 2006

52o. feira do livro

A sedução das palavras...

27 outubro 2006

eleições


DEMOCRACIA?!? BRASIL!! VOTE CERTO, LUTE !!SEJA CIDADÃO, EXERÇA SEU DIREITO DE ESCOLHA...

26 outubro 2006

O Anjo Mais Velho


Fernando Anitelli - O Teatro Mágico

"O dia mente a cor da noite
E o diamante a cor dos olhos
Os olhos mentem dia e noite a dor da gente"

Enquanto houver você do outro lado
Aqui do outro eu consigo me orientar
A cena repete a cena se inverte
enchendo a minha alma d'aquilo que outrora eu deixei de acreditar

tua palavra, tua história
tua verdade fazendo escola
e tua ausência fazendo silêncio em todo lugar

metade de mim
agora é assim
de um lado a poesia o verbo a saudade
do outro a luta, a força e a coragem pra chegar no fim
e o fim é belo incerto...
depende de como você vê
o novo, o credo, a fé que você deposita em você e só

Só enquanto eu respirar
Vou me lembrar de você

http://palcomp3.cifraclub.terra.com.br/mp3/o-teatro-magico_o-anjo-mais-velho.mp3

cacaso


Happy end

O meu amor e eu

nascemos um para o outro

agora só falta quem nos apresente


Estilos trocados

Meu futuro amor passeia — literalmente —
nos
píncaros daquela nuvem.

Mas na hora de levar o tombo adivinha quem cai.


Quem de dentro de si não sai
Vai morrer sem amar ninguém


A parte perguntou para a parte qual delas

é menos parte da parte que se descarte.

Pois pasmem: a parte respondeu para a parte
que a parte que é mais — ou menos — parte
é aquela que se reparte.

Passeio no bosque

o canivete na mão não deixa

marcas no tronco da goiabeira

cicatrizes não se transferem



Cacaso (Antônio Carlos Ferreira de Brito)



Os poemas acima foram extraídos do livro "Beijo na boca", Viveiros de Castro Editora (7Letras) — Rio de Janeiro, 2000, páginas diversas.

25 outubro 2006

degraus

OS DEGRAUS

Não desças os degraus do sonho
Para não despertar os monstros.
Não subas aos sótãos - onde
Os deuses, por trás das suas máscaras,
Ocultam o próprio enigma.
Não desças, não subas, fica.
O mistério está é na tua vida!
E é um sonho louco este nosso mundo...




Baú de Espantos - Mario Quintana

La Rochefoucauld


Nenhum disfarce poderá ocultar

o amor onde ele existe,

nem mostrá-lo

onde não existe.



François, Duque de La Rochefoucauld (15 de setembro de 1613 -17 de março de 1680). Escritor francês

24 outubro 2006

Ana e o mar

Fernando Anitelli - O Teatro Mágico


Veio de manhã molhar os pés na primeira onda
Abriu os braços devagar… e se entregou ao vento
O sol veio avisar… que de noite ele seria a lua,
Pra poder iluminar… Ana, o céu e o mar

Sol e vento, dia de casamento
Vento e sol, luz apagada num farol
Sol e chuva, casamento de viúva
Chuva e sol, casamento de espanhol

Ana aproveitava os carinhos do mundo
Os quatro elementos de tudo
Deitada diante do mar
Que apaixonado entregava as conchas mais belas
Tesouros de barcos e velas
Que o tempo não deixou voltar

Onde já se viu o mar apaixonado por uma menina?
Quem já conseguiu dominar o amor?
Por que é que o mar não se apaixona por uma lagoa
Porque a gente nunca sabe de quem vai gostar

Ana e o mar… mar e Ana
Historias que nos contam na cama
Antes da gente dormir
Ana e o mar… mar e ana

Todo sopro que apaga uma chama
Reacende o que for pra ficar
Quando Ana entra n’água
O sorriso do mar drugada
se estende pro resto do mundo
abençoando ondas cada vez mais altas
barcos com suas rotas e as conchas que vem avisar
desse novo amor… Ana e o mar

Vale a pena escutar,
clique aqui.

auto-retrato

O AUTO-RETRATO

No retrato que me faço

- traço a traço -
às vezes me pinto nuvem,
às vezes me pinto árvore...
às vezes me pinto coisas

de que nem há mais lembrança...
ou coisas que não existem
mas que um dia existirão...
e, desta lida, em que busco

- pouco a pouco -
minha eterna semelhança,
no final, que restará?

Um desenho de criança...
Corrigido por um louco!


Mario Quintana

23 outubro 2006

amizade

A amizade é identificação e diferença.
(Hermann Hesse)

engano


Existem coisas que, para as saber, não basta tê-las aprendido.

(Sèneca)


A verdade é essa, erramos sem saber, julgamos sem pensar...


Triste é ver a verdade com os próprios olhos, se sentir usado, enganado, triste, melancólico, culpado!

Culpado por não dizer não, dizer sim, receber, ouvir, jogar, se enganar...

Agora, o silêncio...lágrimas...profunda tristeza.


20 outubro 2006

fim


ilusão, paixão?
a cabeça diz não,
o corpo diz sim...
desilusão,
é o fim...
na memória, a lembrança,
uma esperança...
encontrar uma saída
dentro de mim.


moni - 20/10/06

19 outubro 2006

frases e pensamentos

Cada dia é uma pequena vida.
(Horácio)

Metade dos nossos erros na vida nascem do facto de sentirmos quando devíamos pensar e pensarmos quando devíamos sentir.
(J. Collins)

O coração tem razões que a razão desconhece.
(Pascal)

Um amigo é uma pessoa com a qual se pode pensar em voz alta.
(Ralph Waldo Emerson, pensador norte-americano)

Se quer ser amado, ame.
(Séneca)

A vida humana é um mecanismo de escolha, preferência e adiamento. Qualquer escolha é também uma exclusão.
(Julián Marías)

A maneira de fazer é ser.
(Lao- Tsé, filósofo chinês)

Nunca acendas um fogo que não possas apagar.
(Provérbio Chinês)

Uma garrafa de vinho meio vazia também está meio cheia; mas uma meia mentira nunca será uma meia verdade.
(Jean Cocteau)

Guardar ressentimento é como tomar veneno e esperar que a outra pessoa morra. (Malachy McCourt)

Conhece-te a ti mesmo e conhecerás o universo e os deuses.
(Sócrates)


18 outubro 2006

Mente e coração Zen... o espírito Zen





"Espírito e corpo não são partes distintas , e a busca do equilíbrio desta coexistência se faz necessária...."


Viver com espírito e corpo sãos... Algo que todo ser humano deseja para desfrutar ao máximo sua vida. Considerar que nosso espírito seja algo independente de nosso corpo está além da verdade. Corpo e espírito são inseparáveis. Um não existe sem o outro, e esta interdependência é que torna possível nossa plena existência que vive o agora. Corpo e espírito... espírito e corpo... independentemente da ordem, fundem-se num todo.
Quando se diz que o budismo é uma religião na qual se busca a elevação e o aprendizado do espírito, a conotação “espírito” torna-se passível de ser associada simplesmente a um estado psicológico no qual tudo se resolve no âmbito emocional. Entretanto, a verdade é que espírito e corpo não são partes distintas, e a busca do equilíbrio desta coexistência se faz necessária sempre. Se de alguma forma nosso espírito se transforma, conseqüentemente nosso corpo também estará passando por alguma transformação. Se de alguma forma tornamo-nos negligentes em nossa prática, o acúmulo resultará em desleixo tanto espiritual como do próprio corpo físico. Espírito e corpo íntegros, isto sim, é a verdadeira essência do ensinamento budista.
O espírito das pessoas é, ao mesmo tempo, a fusão e o acúmulo de todos os atos e experiências vivenciadas até o “eu” presente. É a conseqüência e o resultado de todo o passado de cada um de nós. Logicamente, passado é passado, e hoje vivemos o presente em que não mais existe o passado. Embora esses dois tempos sejam distintos, é certo que o “eu” do presente não existiria sem o “eu” do passado. Atos passados refletem-se no dia-a-dia que vivenciamos hoje, e, por mais que tentemos, não nos é possível ocultá-los. Sentimentos de ódio, pensamentos e palavras ruins podem se perder e aparentemente se apagar no momento junto ao passado, mas devemos estar cientes de que tudo isso também faz parte do “eu” presente. Quem já não passou pela situação “Que gafe... mas deixa pra lá, vou simplesmente apagar e esquecer...” ? Todos temos algo que tentamos apagar ou guardar a sete chaves, mas, por mais que tentemos e até consigamos ocultar nossos erros passados do conhecimento alheio, não conseguiremos nunca ocultá-los de nós mesmos. Dentre os ensinamentos de Buda Shakyamuni, aprendemos que devemos evitar falar mal dos outros assim como não devemos mentir, senão, dessa forma, estaremos ferindo não só os sentimentos daqueles que estão a nossa volta, mas também a nós mesmos. Deixar crescer o “eu” que fala mal de outros, que mente e, além de tudo, tenta ludibriar para ocultar os próprios erros é algo terrivelmente arriscado. Aquele passado pode simplesmente vir à tona a qualquer momento, mostrando sua verdadeira face impulsionada por uma simples circunstância na qual nos deparamos no presente.
Quando falamos em presente, consideramos também que este inclui o futuro. É facilmente compreensível que o presente é resultado do passado. Entretanto, muitas vezes nos esquecemos que o futuro será o resultado do que praticamos no presente. O futuro existe no presente porque acreditamos num futuro que, inconscientemente, tentamos construir no presente que vivenciamos, no presente que nos é possível simplesmente viver.
Os ideais a serem alcançados e o desejo veemente de cada um de realizá-los são capazes de transformar o “eu” presente, ou seja, o amanhã está presente no hoje. Os votos de Buda por meio de seus ensinamentos trazem consigo um significado importante no sentido de enobrecermos nosso espírito para sermos dignos de um futuro igualmente nobre.
Passado... Futuro... O nosso espírito presente é a materialização de nosso passado e nosso futuro. Cada segundo do nosso presente momento é ao mesmo tempo passado e futuro...


Zen no kokoro (Espírito Zen) - Os homens almejam viver com espírito e corpo sãos.


Créditos: O texto original é de autoria do superintendente-geral da Escola Sotoshu na América do Sul e abade superior do Templo Busshinji, bispo Koichi Miyoshi, e tradução de Cristina Izumi Sagara.

17 outubro 2006

viver

"Viver não é seguir monotonamente o curso dos acontecimentos, na rotina habitual desse conjunto de idéias, de gostos, de percepções, de desejos, de inapetências, que a gente confunde com o próprio eu, entre os quais a gente se sacia sem ir mais longe e sem procurar mais além." (A. Artaud)

momento


te vejo longe, perto...
vou ao céu,
vida cruel...
agora é tarde...
não, cedo...
difícil dizer, quero outra vez...

...

tua boca, teu cheiro,
tuas palavras,
...o vento na janela...
teu sorriso, teu olhar
...o amanhecer...
tua história, tua música...

...

quero o dia,
a noite ,
te amar
e em teus braços ficar...


moni - 13/10/2006